quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sophie Germain

Sophie Germain nasceu em paris em 1776 e desenvolveu profundo interesse pela matemática. Como mulher, estava impedida de matricular-se na escola politécnica. Não obstante, ela conseguiu as notas de aula de vários professores e, com trabalhos escritos, submetidos sob o pseudônimo masculino de M. Leblanc, ganhou rasgados elogios de Langrange.

Em 1816 foi agraciada com um prêmio pela academia de Ciências da França por um artigo sobre a matemática da elasticidade. Na metade dos anos 1820 provou que para todo primo ímpar p < 100 a equação de Fermat x
p + yp = zp não tem soluções no conjunto dos inteiros não -divisíveis por p. Em 1831 introduziu em geometria diferencial a útil noção de curvatura média de uma superfície num ponto da superfície. Embora tenha sido muito superior como matemática, é com frequência chamada de Hipátia do século XIX.
Com seu pseudônimo de M. Lebranc trocou correspondência com Gauss por quem foi fartamente elogiada e cumprimentada. Somente algum tempo mais tarde Gauss ficou sabendo que M. Leblanc era uma mulher. É lamentável que Gauss e Germain jamais tenham se encontrado e igualmente lamentável que Germain tivesse morrido (em 1831) antes de a universidade de Göttingen conferir-lhe o título honorário de doutor recomendado por Gauss.

Diz-se que Sophie Germain resolveu estudar matemática depois de ler, fascinada, durante os dias violentos que se seguiram à queda da Bastilha, a vida e a morte de Arquimedes durante dias igualmente violentos após o cerco de Siracusa. Em sua memória sobre a elasticidade observou: "A álgebra não é senão a geometria escrita e a geometria não é senão a álgebra figurada."

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